‘Fado Bicha’ canta causa LGTBI e revoluciona tradição em Portugal

+ info: Carta Capital

Tiago Lila, seu nome verdadeiro, está acompanhado por João Caçador, que, agarrado a seu violão elétrico, se oculta debaixo de um chapéu de aba longa, calça de leopardo e saltos altos. Juntos, os dois artistas formam o grupo “Fado Bicha”.

Desde 2017, fizeram 150 shows em Portugal, Espanha, França e Bélgica, e animam regularmente as noites de um hotel de Lisboa para turistas gays.

A dupla se apropria do patrimônio do fado para contar os amores de um pescador com um vendedor de mariscos, a desesperança de um dançarino homossexual trancado em um hospital psiquiátrico e o orgulho de uma mulher transexual que se tornou líder dos militantes a favor dos direitos das pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais).

“Quando canto o fado, sinto uma energia muito feminina (…) Compreendi rápido que não há lugar para mim no meio do fado tradicional”, conta o cantor de 34 anos, que deixou a escola de fado que frequentava para criar seu alter ego travesti.