A comunicação em saúde e a literacia (em saúde) são determinantes essenciais da saúde (OMS, 2013) e revestem-se de grande importância em contextos de saúde pública e comunitária (Araújo et al., 2023; Biasio et al., 2021; Finset et al., 2020). Tanto a comunicação como a literacia em saúde desempenham um papel fundamental nos processos de tomada de decisão, conduzindo, em última análise, à capacitação dos doentes e a uma melhor saúde (e bem-estar), ao mesmo tempo que contribuem para o reforço das capacidades de determinados grupos, como os profissionais de saúde (Coleman, 2011; Coleman et al., 2017; Melo et al., 2016). A pandemia de COVID-19 veio sublinhar a importância da comunicação e da literacia como determinantes da saúde, ao mesmo tempo que impulsionou mudanças significativas no ecossistema mediático. A abundância de informação e a proliferação da desinformação foram caracterizadas pela Organização Mundial de Saúde como uma “infodemia” e podem ter contribuído para a fadiga pandémica, reforçando os fenómenos de evitamento da informação e de perda de confiança nas fontes de informação, incluindo as oficiais (Chen et al., 2016; Nguyen, 2021; Schulz & Nakamoto, 2022). Simultaneamente, o mundo está a enfrentar um aumento das doenças não transmissíveis, como as relacionadas com o estilo de vida (por exemplo, obesidade, diabetes e certos tipos de cancro). Tudo isto está a acontecer em sociedades cada vez mais diversificadas, o que pode, por si só, constituir um obstáculo à literacia e à capacitação (Gibney et al., 2020; Viswanath & Ackerson, 2011).
Nesta conferência, são bem-vindas submissões teóricas, empíricas – qualitativas, quantitativas ou de métodos mistos -, metodológicas ou reflexivas. São também bem-vindas propostas de trabalhos em curso. As propostas podem ser apresentadas sob a forma de comunicações orais e de posters individuais ou de painéis.
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