IV Congresso da Rede Nacional de Estudos Culturais (Portugal)

Inicio: 26/06/2025 Fin: 27/06/2025

Entidad Organizadora:

Rede Nacional de Estudos Culturais

Localización:

Universidade do Minho

Modalidad:

onsite

O tema do Congresso é o seguinte:

“Os estudos lusófonos e ibero-americanos como campo de investigação na ciência, na cultura e nas artes”

Painéis temáticos

É para os painéis temáticos que devem ser apresentadas as propostas de comunicações, com um resumo, em português e inglês.

1. As tecnologias digitais – a comunicação, as culturas e as artes

As narrativas contemporâneas refletem a nossa atual experiência, dando-nos a ver paisagens tecnológicas que exprimem atmosferas sensíveis e sociais melancólicas, próprias de um tempo marcado pela competição e a mobilização total para a o mercado. Este imaginário de formas melancólicas decorre, com efeito, da fusão de técnica e vida (techne e bios), técnica e emoção (techne e aesthesis) e técnica e mito (techne e arche). Ao mesmo tempo, estas transformações tecnológicas digitais permitem a exploração de novos territórios, a realização de novas experiências e a obtenção de novos conhecimentos. Trata-se de um movimento que hibrida a tecnologia com o humano e a cultura e se manifesta em plataformas como sites, blogs, repositórios digitais, podcasts, museus virtuais e realidades imersivas.

2. Colonialismo, pós-colonialismo e decolonialidade

Colonialismo, neocolonialismo, pós-colonialismo e decolonialidade são consequências que decorrem da complexidade do processo de interpenetração de povos e culturas. Nestas circunstâncias, o movimento transcultural e transnacional, lusófono e ibero-americano, de interação entre nós e o outro, tanto pode traduzir o encontro como, de igual modo, a assimilação e a dominação. 

No debate sobre colonialismo, pós-colonialismo e decolonialidade, são realidades a ter em conta os arquivos e os museus, assim como são centrais os temas da desconstrução da episteme ocidental, dos ativismos pós-coloniais e decoloniais, e das reparações históricas. Todos estes meios contribuem para a ressignificação da memória histórica.

Por outro lado, enquanto o colonialismo impôs epistemologias, economias e estruturas políticas, que redefiniram sociedades, o pós-colonialismo e a decolonialidade emergem como formas de desconstrução do passado e de reconstrução do presente. O pós-colonialismo problematiza as heranças coloniais persistentes e os legados do imperialismo. E a decolonialidade, por sua vez, combate a hegemonia dos modelos ocidentais e promove epistemologias alternativas, fundamentadas em saberes locais e ancestrais.

3. Identidades transculturais e transnacionais – identidades híbridas

As identidades transculturais e transnacionais desafiam a noção de unidade, deslocando-nos de uma metafísica essencialista para um movimento dinâmico e descontínuo. Hoje, é a fluidez e a intermitência que define a experiência identitária. Os seres humanos são atravessados por múltiplos fluxos culturais e por experiências de deslocamento, o que os leva a habitarem a fragilidade, a incerteza e a vulnerabilidade. Por sua vez, as tecnologias digitais, as migrações e as interações transnacionais transformam fronteiras e influenciam a emergência de identidades híbridas, habitadas por múltiplas referências culturais, linguísticas e históricas. Essa hibridação identitária nunca acontece de forma harmoniosa ou linear, sendo antes marcada por tensões, assimetrias de poder e negociações constantes. As identidades tornam-se, então, um espaço de trânsito, um processo inacabado, aberto à reinvenção e sempre em transformação.

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