#callfor Rastros queer na Comunicação (ECO-PÓS)

Fin: 15/05/2025

Entidad Organizadora:

ECO-PÓS

Localización:

O que ainda quer dizer queer? Que rastros-vestígios tornam o queer um conceito ainda em mutação? A partir dessas questões, propomos o dossiê no sentido de explorar as ressonâncias do termo pelo olhar comunicacional. No mapeamento de saberes dissidentes sexuais e de gênero em uma direção comunicacional, consideramos ir além do queer como mera apreensão de um termo anglófono, mas como uma espécie de conceito-performance, que se territorializa e assume diferentes acoplagens nos corpos nos vínculos do comum. Num contexto profundamente afirmativo, reivindicativo e entrincheirado nas agendas políticas e acadêmicas LGBTQIAPN+, estaria o queer mais interessado na dúvida, no aceno e no deslize? 

Em alguma medida, seguir em direção às zonas de desidentificações tanto de um sujeito quanto de um campo são apostas para este dossiê. Após os 20 anos de teoria queer no contexto do Brasil, como o campo da Comunicação tem sido articulado e de que forma podemos apostar na fricção e não estabilização das nossas leituras? Corpos negros, LGBTQIAPN+ e de mulheres repercutem saberes trans, travestis e não-bináries, inclusive pela indisciplina e no sentido de esgotar o próprio queer, como um gesto traveco-terrorista bélico-poético que pode nos ajudar a recriar um comum que tem como núcleo constitutivo as dissidências como lugar próprio da Comunicação. 

Assim, os tópicos apontam leituras possíveis dentro da proposta temática, ainda que possa dialogar com outras formulações: 

• Fricções e torções conceituais a partir da teoria queer e seus enlaces na Comunicação.
• Estudos da Performance em uma perspectiva comunicacional.
• Imagens híbridas na fotografia e temporalidades queer no cinema.
• Dimensões estéticas, “maravilhas mutantes” e afetos queer nas artes.
• História, memória e semblantes midiáticos queer.
• Dados, algoritmos e a plataformização do saber queer.
• Autoficção e escritas de si a partir de vivências não-bináries.
• Feminismos negros, transfeminismo e as dinâmicas das interseccionalidades.
• Práticas contracolonais, saberes indígenas e territorialidades desejantes na disputa do comum. 
• Artivismos urbanos, musicais e desestabilizações na cena.
• Corpo-tela, dispositivos midiáticos e as relações afetivo-sexuais.