«Gramática da multidão. Para uma análise das formas de vida contemporâneas», VIRNO, Paolo (2013)

 

LibrosSociología de la comunicación

Año publicación: 2013
Autor: Paolo, VIRNO

Annablume

GRAMÁTICA DA MULTIDÃO
de Paolo Virno
PRÓLOGO (PREMISSAS)

1. Povo versus Multidão: Hobbes e Espinosa

Considero que o conceito de “multidão”, por contrapor àquele, mais familiar, de “povo”, seja uma ferramenta decisiva para toda reflexão sobre a esfera pública contemporânea. É preciso ter presente que a alternativa entre “povo” e “multidão” esteve no centro das controvérsias práticas (fundação do Estado centralizado moderno, guerras religiosas, etc.) e teórico-filosóficas do século XVII. Esses dois conceitos em luta, forjados no fogo de agudos contrastes, jogaram um papel de enorme importância na definição das categorias sócio-políticas da modernidade. A noção de “povo” foi a prevalecente. “Multidão” foi o termo derrotado, o conceito que perdeu. Ao descrever a forma de vida associada e o espírito público dos grandes Estados recém constituídos, já não mais se falou de multidão, senão que de povo. Resta hoje perguntar, se ao final de um prolongado ciclo, não se reabriu aquela antiga disputa; se hoje, quando a teoria política da modernidade padece de uma crise radical, aquela noção derrotada, então, não mostra uma extraordinária vitalidade, assumindo assim uma clamorosa revanche?

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