«Discurso e Sujeito: Reflexões Teóricas e Dispositivos de Análise», FERNADES, Cleudemar Alves; NAVARRO, Pedro (Orgs.) (2014)

 

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Os artigos aqui reunidos sob o título geral Discurso e sujeito: reflexões teóricas e dispositivos de análise giram em torno de três eixos centrais às discussões empreendidas pelos seus autores, quais sejam: o discurso visto como objeto histórico e em diferentes materialidades; o sujeito e as práticas discursivas de produção de identidades e de subjetivação; e a literatura, concebida como discurso, por meio do qual é possível analisar os efeitos de autoria e a escrita de si.

Sobre o primeiro eixo, à concepção tão cara de discurso como algo da ordem da história e da língua, somam-se abordagens teóricas que consideram não somente o linguístico como parte integrante dos processos discursivos, mas também o nível imagético e sonoro. Nesse sentido, o caráter semiológico do enunciado, tal como podemos concluir do texto da arqueologia do saber, de Michel Foucault e as pesquisas empreendidas por Jean-Jacques Courtine, sobre o que vem se constituindo como uma Semiologia histórica, voltada à história do corpo e da fala pública, configuram, atualmente, importantes dispositivos teóricos e metodológicos, com os quais os pesquisadores podem descrever discursos, não perdendo de vista a dispersão enunciativa que lhes é própria e a heterogeneidade de linguagens por meio das quais eles se realizam como acontecimento singular e repetível.

No que concerne às pesquisas sobre a produção de subjetividade na relação com os jogos de saber/poder, os artigos que desenvolvem o segundo eixo central deste compêndio esforçam-se para compreender a produção do sujeito nos e pelos discursos, em um contexto marcado pela desestabilização das velhas identidades sólidas, que garantiam um conforto de pertencimento aos indivíduos.

A liquidez das formações discursivas que se projetam sobre as imagens de identidade coletiva parecem produzir indivíduos cada vez mais desejosos de uma narrativa confortadora do eu. Essa narrativa, em textos midiáticos, por exemplo, constituem-se em poderosos dispositivos de subjetivação, que transformam os indivíduos em objeto e sujeito de um saber, por meio da regulação e do controle da vida. Ainda no que tange a esse eixo, considera-se também a possibilidade de o indivíduo se constituir como um sujeito cuidadoso de si, por meio de técnicas que, nos discursos, configuram uma arte de existência.

Para o desenvolvimento do terceiro eixo, o ser da literatura é visto sob o signo de Michel Foucault, que oferece aos autores condições para analisar o texto literário como um discurso, e, com isso, descrever seu funcionamento, alicerçados em noções, tais como enunciado, subjetividade, autoria e escrita de si. Cada um a seu modo, os artigos que constroem o itinerário linguagem, discurso e literatura apostam na experiência da literatura como um lugar de retorno do ser da linguagem na epistéme da modernidade.

A designação dada a cada um dos três capítulos que compõem esta coletânea de texto tem por finalidade alinhavar as reflexões de cada um dos seus autores em torno dos três eixos expostos. Assim, o capítulo Discurso: elementos teóricos e métodos de análise reúne cinco artigos que refletem sobre a teoria do discurso e sobre as possibilidades de análise de materialidades discursivas diversas. O percurso que confere unidade a essas vozes é a necessidade de se pensar o método de análise, em face de objetos discursivos constituídos não só pelo linguístico, mas também pelo imagético e pelo sonoro.

«Conceptos. Donde la ciencia cognitiva se equivocó», FODOR, Jerry (2014)

 

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El conocido filósofo e iniciador de la psicología cognitiva, Jerry Fodor, una de las figuras principales de la investigación sobre la mente desde hace más de veinte años, presenta en esta obra una teoría muy original sobre los componentes básicos de nuestro pensamiento. Fodor sugiere que su teoría de los conceptos es el núcleo de la ciencia cognitiva y que los expertos se equivocaron en muchos aspectos porque sus supuestos acerca de los conceptos eran erróneos. La novedad de la presente obra consiste en la elaboración de su teoría atomística de los conceptos, desde la que logra demoler con mucho sentido del humor y astucia a teorías rivales, proponiendo además que las investigaciones futuras sobre la cognición humana deberían elaborar nuevos fundamentos. ¿Qué clase de cosas son los conceptos y qué teoría se puede construir sobre ellos? Fodor responde a esta pregunta tomando como referencia ciertas hipótesis que ha ido defendiendo durante la mayor parte de su vida desde su consideración de la psicología popular o del sentido común. A partir de ella construyó una psicología científica, basada en su teoría representacional de la mente (o TRM). Esta teoría, en su forma más genérica, sostiene que pensamos en un sistema de representaciones mentales que se parece al lenguaje y que las configuraciones neuronales que producen nuestras creencias, deseos o intenciones, son como proposiciones del lenguaje natural ya que poseen una consistencia y estructura cuya significación depende del significado y la estructura de sus partes. La segunda hipótesis elaborada más específicamente en este libro, se refiere a lo que Fodor llama el «atomismo conceptual», que defiende el funcionalismo mental contra el materialismo reduccionista, que pretende derivar las teorías psicológicas puramente de los mecanismos neuronales. Sus investigaciones ofrecen nuevas aclaraciones lógicas sobre la causalidad mental e iluminan con argumentos actuales muchos aspectos de la tradición metafísica clásica y moderna. Después de la lectura de este libro, escrito en un estilo animado, conversacional y muy accesible, que fascinará a cualquier lector interesado en los estudios contemporáneos sobre la mente y el lenguaje, la ciencia cognitiva no será lo que antes había parecido.

«Enunciação e Paráfrase: Gestos de Reformulação do Dizer», SOUSA SANTOS, Hélder (2014)

 

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Sob a perspectiva teórica da Linguística da Enunciação, analisamos a questão da subjetividade implicada à prática de paráfrase em contexto de vestibular. Especificamente, analisamos oito redações produzidas por vestibulandos. Nessas redações, o candidato deveria parafrasear enunciados do texto motivador (TM) que compõe a prova de redação de vestibular. Cumpre ressaltar que tais paráfrases ¿obedecem¿ a injunções que o manual do candidato procura explicitar ao vestibulando. Dissemos ¿obedecem¿ entre aspas, visto que nossa análise mostra que há efeitos de sentidos, (re)velando sentidos-outros, os quais são oriundos da tentativa do vestibulando de produzir um ¿mesmo sentido¿ para, dessa forma, cumprir a tarefa de produzir um texto em que haja paráfrase de formas linguísticas que compõem o TM. Esses sentidos-outros produzem uma tensão entre os sentidos aceitos pelos corretores, em sua leitura do TM, e os sentidos expurgados, não aceitos. Nessa tensão, a subjetividade implicada à prática de paráfrase se faz visível, o que torna relevante considerar a paráfrase um fato enunciativo, relativo à semântica do dizer, em detrimento da abordagem formal que o vestibular imputa à paráfrase. Para estudar a paráfrase sob uma perspectiva enunciativa, embasamo-nos em Authier-Revuz (2104), Benveniste (1988, 1989), Flores (1999, 2005), Fuchs (1982, 1985, 1994), Milner (1987, 2006), Saussure (2006), Tfouni (2008), entre outros. A partir do trabalho desses teóricos, compreendemos que a prática de paráfrase é oportunizada por um investimento imaginário de objetividade, próprio ao acontecimento vestibular. No que tange a esse investimento, em momento algum nos ocupamos em justificar o gesto parafrástico dos vestibulandos consoante o julgamento de dois corretores de redações de vestibular. Atentos ao que esses corretores nos trouxeram junto a tais redações (grifos, comentários de cada um), comparamos aquilo que um julgava ser paráfrase(s) de enunciados do TM da prova de redaão de vestibular e aquilo que o outro, acerca disso, negava. Houve nessa comparação divergências manifestas na avaliação dos dois corretores. Porém, essas divergências não servem para dizer que são fruto de concepções diferentes que cada um deles traz acerca do que seja paráfrase. Tais divergências manifestas nas correções, com efeito, mostram-se resultantes de diferentes leituras realizadas, ou seja, são relativas ao(s) sentido(s) que cada um deles reconhece como sendo parte ou não do TM da prova de redação de vestibular. Dessa forma, por ser o texto, em uma perspectiva enunciativa, um objeto lacunar, que permite representar sentidos móveis, consideramos que a questão da paráfrase e de seu reconhecimento (ou não) aparece, em nosso trabalho, enquanto algo insolúvel, dado que estão subordinados a julgamentos de ordem subjetiva de avaliadores que possuem, por exemplo, histórias de leituras diferentes. Esse fator serve para corroborar o ponto de vista de que há incidências subjetivas envolvidas no reconhecimento (ou não) de gestos de paráfrase em redações de vestibular. Ademais, nosso trabalho discute a possível relação entre esses gestos de paráfrase e traços de autoria, como um trabalho (interpretativo) do scriptor sobre o TM e a posição enunciativa que (se) constrói ao (de)formar o TM, via leitura.

«12 Regras da Comunicação», FIGUEIREDO, José (2014)

 

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Com tantas ferramentas de comunicação, democratizou-se o acesso à informação. Tudo é instantâneo. Tudo é volátil, porque tudo dura muito pouco. A memória está sempre a refrescar-se e a apagar-se. Parece que o Google existe há séculos. Parece que estar fora do Facebook, significa estar fora do mundo. Parece que os jornais em papel são coisas do passado distante.No meio de tanta comunicação, temos que mostrar que existimos. Pois, quem não se mostra, não existe. Esta ideia simples feita regra, funciona para a Coca-Cola, assim como para qualquer outra marca. Não se pense que a força actual de uma marca é garantia da sua existência no futuro. Quem se lembrará ainda da Pan America? Nos anos 51, do século XX, era a maior companhia aérea do mundo.Neste livro, apresentam-se 12 regras que poderão conduzir a uma comunicação mais eficaz. Não se pense que é mais fácil comunicar hoje, apenas porque há mais redes sociais e mais canais de televisão por cabo. Ao contrário, é ainda mais difícil. Na década de 80, do século XX, era fácil a RTP conseguir ter um programa com uma audiência superior a quatro milhões de portugueses. Actualmente, as audiências televisivas são muito fragmentadas. Actualmente, as marcas que se oferecem no mercado são cada vez mais. Actualmente, o jogo das marcas passou a ser global. A regra mais importante para a existência de uma marca, passa por manter a chama acesa. E há tantas marcas que deixaram apagar a chama, ou seja, deixaram de existir na cabeça das pessoas. No dia em que uma marca está apagada da cabeça dos seus potenciais compradores, deixou de existir. Para que se mantenha a chama acesa, é preciso seguir um conjunto de regras. Se forem seguidas as 12 regras que aqui se propõem, ou pelo menos algumas delas, a chama mantém-se acesa.

«As Tramas do Texto», VILLAÇA KOCH, Ingedore (2014)

 

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Resultado e reflexo de uma experiência intelectual intensa e coerente, As tramas do texto é um livro que fala a vários tipos de leitores, desde o aluno em formação até o intelectual que reflete teoricamente sobre escrita e leitura. Melhor dizendo, é um livro que responde a uma expectativa que está presente em todo leitor que leva a sério sua própria condição: a crença de que os textos criam sentidos à medida que se desenvolvem, faz com que nos interessemos pelos mecanismos de sua construção, redescobrindo neles nossa própria capacidade de interpretar. E a interpretação, esse trabalho em que estamos constantemente empenhados mesmo quando não nos damos conta disso, afeta sem retorno a nossa vida e o nosso modo de ser.
É uma razão e tanto para prometer – e desejar – à pessoa que tem este livro entre as mãos uma leitura gratificante e proveitosa.

«Texturas de la imaginación. Más allá de la ciencia empírica y del giro lingüístico», PAKMAN, Marcelo (2014)

 

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En una época marcada por la preeminencia ya sea de la ciencia, que supues-tamente describiría a la realidad empírica de un modo directo e inmediato, ya sea de los signos monopolizados por los procesos de significación que llegaron a un lugar central con el giro lingüístico, las texturas de la imaginación resca-tan a la sensualidad material de lo real soslayada por las abstracciones reinan-tes en esas dos posiciones polares. El trabajo de la imaginación, al promover la aparición de lo real como imágenes que no son meras apariencias, nos da la posibilidad de rescatarnos, al mismo tiempo, de las posiciones subjetivas desde las que insensiblemente mantenemos a las micropolíticas dominantes que dan forma al mundo en que vivimos. En la imaginación podemos volvernos parte de eventos transformativos en los que lo real pulsa para ser más de lo que es. Texturas de la imaginación es el primer volumen de la trilogía El espectro y el signo que articula de un modo clínico-teórico las consecuencias de un enfoque crítico y poético de la psicoterapia. Sin echar por la borda la dimensión del signo, cuestiona su identificación con los procesos de significación a partir del giro lingüístico que, desde la filosofía, se extendió a la psicoterapia cobrando una primacía que le permitió actuar como un refugio ante la realidad vívida de la existencia en su verdad histórica. Sin retroceder a una visión de la realidad empírica de los sentidos que aspire a una condición científica, sigue al espectro de la experiencia material y sensual que no deja de embrujar a la primacía del signo para presentar la estética, la ética y la política de una psicoterapia cen-trada en la dimensión del sentido y en la materialidad sensual y singular de la existencia.

«Working with Written Discourse», CAMERON, Deborah; PANOVIC, Ivan (2014)

 

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Addressing the practicalities of research, and embracing the complexity and variety of written forms of language, this book:

-grounds readers in a broad range of concepts, debates and relevant methods

-focuses on both theoretical questions and the ‘how to’ of analysis

-is loaded with practical activities and advice on the design and execution of research

-highlights computer-mediated communication and new media discourse, from text messages and tweets to mobile phone novels and online encyclopedias

-draws on data from international and multilingual communities.

The perfect companion to Deborah Cameron's best-selling Working with Spoken Discourse, this book equips readers with practical and conceptual tools to ask questions about written discourse, and to analyse the huge variety of texts that make up our linguistic landscape. It is the essential guide for students of discourse analysis in linguistics, media and communication studies, and for social researchers across the social sciences.

«Epistemología y ciencias sociales: ensayos latinoamericanos», OSORIO, Francisco (2014)

 

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Este libro describe diferentes teorías de las ciencias sociales que tienen una importante influencia en la formación de los científicos sociales de Latinoamérica y España. A diferencia de obras similares que se enfocan en un autor o teoría específica, Epistemología de las ciencias sociales: ensayos latinoamericanos aborda diferentes enfoques, tales como la fenomenología, teoría crítica, complejidad, realismo, redes sociales, sistemas constructivistas, teoría de la práctica y, por supuesto, a sus exponentes más destacados. Asimismo, el libro se pregunta por las características de algunas disciplinas: la psicología como ciencia, la economía y la sociología del desarrollo, al tiempo que presenta estudios tanto de metodología cuantitativa como de orientación cualitativa, y considera la investigación-acción y la metodología de la teoría de sistemas.

Esta obra ha sido escrita por académicos de Argentina, Brasil, Chile, Colombia, España, México y Venezuela que, en dieciséis estudios individuales, analizan las metodologías y disciplinas que componen las ciencias sociales, así como sus problemas y el rol que en ellas juega la filosofía. Lo interesante de esta diversidad de autores es que permite conocer el trabajo de una comunidad internacional de investigadores en epistemología que no solo escriben en español sobre temas fundamentales para las ciencias sociales, sino que también están insertos en la vida de hoy, con sus problemas, sus protestas y todas las transformaciones que la sociedad está experimentando.

«La literatura egódica. El sujeto narrativo a través del espejo», LUIS MORA, Vicente (2014)

 

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El yo es nuestro amigo imaginario. Abundan los neurobiólogos, filósofos o escritores que sostienen que el yo es una construcción; no una construcción “social”, como dirían los teóricos posmodernos, sino una construcción psicológica, interior, una especie de pequeña persona interpuesta, que la mente humana crea para gobernar, dialogando con ella, su psique y su conducta. Robert Musil, poco sospechoso de ser posmodernista, aludía al “instinto de construirse el yo que, como el instinto de los pájaros de construirse su propio nido, edifica su yo sirviéndose de diversos materiales de acuerdo con determinados procedimientos” (El hombre sin atributos). Esto significaría dos cosas: en primer lugar, la existencia de una partición interna, que genera un hiato; en segundo lugar, la capacidad de la mente de detectar esa distancia interior y convivir naturalmente con ella: “¿Cómo voy a saber lo que pienso hasta que no me oigo decirlo?”, comentaba E. M. Forster medio en serio, medio en broma; presten atención al “me” que utiliza el narrador británico y piensen sobre quién escucha a quién en su cabeza (la de Forster y la suya). Para algunos autores, esta segunda persona tiene consistencia subjetiva real; para otros, es una ficción interpolada que no sustenta nada detrás; para ciertos psicoanalistas, es la encarnación de la grieta o brecha existencial en que consiste la identidad. Se tome la postura que se tome, queda claro que el hombre conversa, machadianamente, con el otro que siempre va consigo. De ser coherentes, usaríamos siempre para expresarnos la primera persona del plural.

Esta composición dialógica de la personalidad tiene su rastro en las numerosas visiones literarias sustentadas en el desdoblamiento: el doble, la figura del extraño, los diálogos interiores, la paradoja de la autoficción (donde el escritor es y no es el protagonista), etcétera. Y el “lugar” donde más a menudo tiene lugar la conversación es, por supuesto, el espejo; ese azogue que aparece de forma continua y casi obsesiva en la literatura española contemporánea, esa superficie especular a la que se asoman los personajes de la narración para verse y hablarse, para reconocerse. Wittgenstein decía en sus Diarios que “lo que llamamos ‘reconocer’ es sólo una capacidad especial que podríamos perfectamente perder sin que por ello hubiera de considerársenos deficientes”, pero se refería a reconocer a otras personas; cuando la falta de reconocimiento se produce ante la visión reflejada de uno mismo el resultado es, literariamente al menos, traumático. Basta pensar en una novela aparecida después de publicado el ensayo, Los hemisferios (2114), de Mario Cuenca, donde la voz narrativa cambia de primera a segunda persona después de que el protagonista se dirija la palabra a sí mismo… frente a un espejo.

Si la narrativa española contemporánea fuese un solo libro, se parecería mucho al Lazarillo de Tormes, esa obra maestra cuya primera palabra es “Yo” y, sin embargo, es un yo con abundantes dudas de identidad. Por ello, La literatura egódica intenta reflejar, en sus variadas y metamórficas posibilidades, la aparición del sujeto narrativo ante el espejo: el doble, el otro, el notro, el yo autoficcional, el yo autonovelado, el yo metanoico y el yo rasgado o roto. Y también desea registrar los usos más habituales del espejo (desde los semánticos hasta los estructurales) en la narrativa española contemporánea, a través de los cuales el yo egódico (ego/dicere), el yo que se sobrenarra o se narra de más, es el protagonista central de buena parte de sus obras.

«Multiculturalidad, imagen y nuevas tecnologías», ROGER ACUÑA, Santiago (coord.); CAMPOS GABINO; María A. (coord.); MARTÍNEZ LOZANO, Consuelo Patricia (coord.) (2014)

 

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Se presentan una serie de análisis teóricos y trabajos empíricos que constituyen valiosos aportes para avanzar hacia la configuración de una agenda de investigación que posibilite un mayor entendimiento y comprensión de la enorme complejidad que encierran los fenómenos comunicativos propios de nuestro tiempo, en las diferentes áreas de la comunicación (educativa, organizacional, política, cultural, entre otras). El libro refleja la naturaleza interdisciplinaria del estudio de la comunicación y en sus páginas se tienden puentes entre diferentes posturas disciplinarias, perspectivas teóricas y enfoques metodológicos, a fin de generar no sólo un cuerpo de conocimientos, sólido y compartido, sino también de suscitar nuevos interrogantes y aproximaciones innovadoras en la investigación sobre la multiculturalidad, la imagen y las nuevas tecnologías.

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