DE QUE FALAMOS QUANDO DIZEMOS “JORNALISMO”? TEMAS EMERGENTES DE PESQUISA. João Carlos Correia & Inês Amaral (Orgs.) (2021)

 

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Editorial: LabCom Books

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Este livro foi feito sob o signo da diversidade e da contingência, até no que respeita ao circunstancialismo que rodeou a sua preparação e organização: o omnipresente, triste e famoso “contexto pandémico” alterou rotinas  obrigando a mudar prazos, a rever soluções editoriais e, talvez também por isso, gerando, curiosamente, um confronto oportuno e até nervoso com a atualidade próxima. Tal explica e justifica o subtítulo: temas emergentes de pesquisa.

O mapeamento das circunstâncias que condicionam a actividade jornalística não pode fazer-se de modo fechado com o recurso um livro de receitas definitivas.

Os textos selecionados lidam com fenómenos urgentes e contemporâneos, logo objetos de uma pesquisa que se revela emergente e urgente: se a pandemia não é expressamente referida, talvez pelo natural cansaço que o tema produz, estão lá as novas peripécias da desinformação, o assédio da extrema-direita populista ao jornalismo de investigação, o modo como este se tornou um fenómeno de resistência à uniformização das práticas jornalísticas, os sobressaltos sobre a identidade profissional, as interrogações urgentes sobre modelos de negócio que assegurem a sustentabilidade dos projetos jornalísticos, o mapeamento das inovações tecnológicas produzidas pela chegada das máquinas inteligentes ao jornalismo, a problematização crítica sobre a repercussão da identidade de género, os dilemas ético-deontológicos que confrontam os profissionais, a mudança dos perfis de públicos e audiências, as controvérsias sobre a regulação num contexto de transposição de novas diretivas e enquadramentos jurídicos que, na ausência de consenso, se refugiam em proclamações genéricas que dificilmente respondem às inquietações que os setores afetados pela mudança sentem como suas.

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